terça-feira, 21 de setembro de 2010

Caixa de Poesias chega em Garuva


A população de Garuva vai descobri no próximo sábado dia 18 de setembro a função mais que especial de uma caixa. Uma caixa especial. Assim são as caixas de poesias produzidas pelo escritor e poeta itapoanse Luiz Arthur Montes Ribeiro.

Durante o sábado, 18, basta você ir até a papelaria Galáxia e conhecer de perto essa novidade. Além das caixas, o escritor de Itapoá também estará autografando o livro “Santa Catarina Meu Amor” antologia com poesias de escritores catarinenses, lançado em julho de 2010. Além de Luiz Arthur, o escritor e poeta Célio Gilberto Silva de São José (SC) também participa do dia de autógrafos.

As caixas de poesias

Seis diferentes caixinhas de poesias serão comercializadas. Elas são confeccionadas em papelão e pintadas uma a uma. Dentro de cada uma, poesias referente a exposição “No mar da minha angústia encontrei a bonança nas águas e nos peixes multicoloridos da tua existência”, que segue até dia 30 de outubro no Empório das Artes “André Luis” em Florianópolis. A exposição é formada por 20 telas, com grande destaque para os peixes em forma tropicalista e colorida. Questionando a dualidade existente entre cada um de nós, enquanto macho e fêmea.

O escritor e poeta

Luiz Arthur Montes Ribeiro é paranaense, nasceu em Ponta Grossa. Já morou em Curitiba, Nova York e Madri. Atualmente reside em Itapoá SC, onde desempenha suas profissões de Artista Plástico e Poeta-Escritor. É graduado em Letras Português/Inglês, pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Com pós graduação em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e é Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (PUC-PR). Em Itapoá trabalha em seu Ateliê de Artes, Literatura e Gastronomia; é Diretor de Educação e Cultura da Fundação Pró-Itapoá e Presidente da Academia de Letras do Brasil Municipal Itapoá. O artista realiza exposições de suas obras em várias cidades do Brasil e países como Moçambique e Espanha. Luiz Arthur tem oito livros publicados.

Vento e Mar

Ah, este vento e este mar

me alucinam

me enchem de prazer

Sob esta paisagem quero te amar

te beijar

te possuir para sempre,

porque assim o Vento e o Mar dialogarão sobre o nosso eterno amor

Vem prá cá, vem viver comigo

Te amo muito e quero que este Vento e este Mar sejam nossas testemunhas

Vem, vem sentir o aroma que este Vento traz

Vem, vem sentir o brilho das ondas deste Mar

Vem viver comigo na Barra do Saí

Vem, vem porque te desejo muito.

Luiz Arthur Montes Ribeiro

Barra do Saí (Itapoá) – janeiro de 2010.

Serviço:

A papelaria Galáxia, local dos autógrafos fica na Avenida Celso Ramos, 1237 – (em frente ao fórum) – Centro – Garuva.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Caixa de Poesias

Escritor itapoaense abre exposição em Florianópolis no próximo dia 27 e lança projeto encantador sobre poesias


Uma caixa pode guardar muitas coisas. Alguns as usam, por exemplo, para guardar lembranças. E porque não usá-las para guardar poesias?

Com esse objetivo o poeta itapoaense Luiz Arthur Montes Ribeiro, lança o projeto Caixa de Poesias. Você lembra como eram as pequenas caixas da sorte, que serviam para aguçar a curiosidade? Então, as caixas de poesias servem para aguçar também a curiosidade sobre poemas. Dentro de cada uma, feita com várias formas diferentes, você encontra poesias.

Para dar inicio a este encantador projeto, aliamos o lançamento do projeto à abertura da exposição “No mar da minha angústia encontrei a bonança nas águas e nos peixes multicoloridos da tua existência”.

A abertura da exposição acontece no dia 27 de agosto, a partir das 20 horas, no Empório das Artes “André Luis” em Florianópolis.

Ao todo, 20 telas participam da exposição, com grande destaque para os peixes em forma tropicalista e colorida. Questionando a dualidade existente entre cada um de nós, enquanto macho e fêmea. “Ressalto em minhas telas o belo e o colorido, em busca da paz, da vida plena de conhecimento, repleta de alegria e prosperidade” comenta o artista.

Durante a exposição, seis diferentes caixinhas de poesias serão comercializadas. Elas são confeccionadas em papelão e pintadas uma a uma. Dentro de cada uma, poesias pertinentes a exposição.

Ainda na abertura, o poeta itapoaense estará autografando o livro “Santa Catarina Meu Amor”, antologia com poesias de escritores catarinenses, lançado em julho de 2010.

Luiz Arthur Montes Ribeiro

Luiz Arthur Montes Ribeiro é paranaense, nasceu em Ponta Grossa. Já morou em Curitiba, Nova York e Madri. Atualmente reside em Itapoá SC, onde desempenha suas profissões de Artista Plástico e Poeta-Escritor. É graduado em Letras Português/Inglês, pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Com pós graduação em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e é Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (PUC-PR).

Em Itapoá trabalha em seu Ateliê de Artes, Literatura e Gastronomia; é Diretor de Educação e Cultura da Fundação Pró-Itapoá e Presidente da Academia de Letras do Brasil Municipal Itapoá. O artista realiza exposições de suas obras em várias cidades do Brasil e países como Moçambique e Espanha. Luiz Arthur tem oito livros publicados.

Serviço:

A exposição estará aberta ao publico de 28 de agosto a 30 de outubro, de segunda à sexta-feira, das 10 às 21hs e sábados das 10 às 18hs; no Empório das Artes “André Luis” - Rua João Pinto, 152 Centro - Florianópolis

Itapoá presente no 2° Encontro Catarinense de Escritores


O escritor local Luiz Arthur Montes Ribeiro representou Itapoá com duas poesias no livro Santa Catarina meu amor

Conhecido pelas belas cachoeiras o pequeno município catarinense de Alfredo Wagner se esconde entre as montanhas e o rio. Paisagem propicia para qualquer encontro. Mas entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, a cidade recebeu o 2° Encontro Catarinense de Escritores. Ao todo, 40 municípios estavam representados por vários escritores catarinenses. Além das academias de vários estados como Maranhão, Roraima, Santa Catarina e Paraná. O presidente da Academia de Letras do Brasil (ALB), Mario Carabujol também esteve presente.

Paralelo ao evento, realizado no Clube Recreativo, aconteceram também o lançamentos de livros e palestras.

Um dos livros lançados foi o “Santa Catarina meu amor” uma coletânea de poesias de autores catarinenses. Itapoá estava representada com duas poesias do escritor itapoaense, Luiz Arthur Montes Ribeiro, o qual participou do encontro no dia 31 de julho e na oportunidade recebeu a homenagem com o diploma Amigo da Cultura Literária de Santa Catarina. Luiz Arthur é o Presidente da Academia de Letras do Brasil para Itapoá e um escritor reconhecido nacionalmente pelos seus livros de poesias e educação.

Ainda durante o evento, foi apresentado pela Imprensa Oficial do Estado a Lei 15.019 ou, mais conhecido como projeto 100-cópias sem custos. O projeto consiste na viabilização gratuita das 100 primeiras cópias de livros de autores catarinenses. Depois, a cada nova impressão, soma-se uma porcentagem dos primeiros impressos. A idéia foi aplaudida e foi levado pelo presidente da ALB como sugestão para outros estados.

Para Luiz Arthur, o projeto é o inicio da organização financeira literária brasileira, e é a possibilidade do surgimento de novos poetas. “É um bom subsidio para o começo de carreira”.

Serviço:

Informações sobre o projeto 100-cópias sem custos: (48) 3239- 6062;

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ofício em extinção

Ali, na avenida Manoel Ribas – coração do desenvolvimento de União da Vitória – entre luminosos resplandecentes, há uma discreta e mediana placa com um simples anuncio: Alfaiataria Príncipe : roupas a pronta entrega e sob medida. Ao entrarmos é como se o tempo não estivesse avançado. Balcão de imbuía e armários cheios de corte de tecidos. Tudo é antigo e precioso. Quem nos recebe com uma hospitalidade de dar inveja a qualquer bom comerciante é o alfaiate Erico Clementino da Silva.
Sentado em frente a antiga máquina de costura, ele estava envolvido na costura de um casado de lã (forrado com entretela e crina, como ele mesmo conta). Vestido com um casaco preto, confeccionado pelas suas próprias mãos e uma gravata azul clara que ao olhar mais atentamente parecia um tom acinzentado, ele rapidamente se dispôs a relatar sua profissão.
No dicionário, alfaiate é o profissional especializado que exerce o ofício da Alfaiataria, uma arte que consiste na criação de roupas masculinas (terno, costume, calça, colete, etc.) de forma artesanal e sob medida, exclusivamente de acordo com as medidas e preferências de cada pessoa, sem o uso padronizado de numeração preexistente.
Além de Erico, quem nos auxilia a costurar esta reportagem é Renato Ruschel. Ambos, perpetuam em União da Vitória e Porto União o delicado e habilidoso trabalho de esculpir em tecido, as múltiplas formas humanas. Erico e Renato são os únicos alfaiates em atividade. Uma profissão que teve seu auge na primeira metade do século passado ,e, hoje resiste discreta em meio ao cenário evolutivo do século XXI.

No auge....
Para conversar com Erico e Renato não é preciso fechar os olhos para recuar no tempo. Aliás, é preciso ficar de olhos bem abertos para observar o brilho no olhar dos alfaiates que, mesmo aposentados, continuam na labuta, vestindo com elegância os apreciadores de um traje refinado.
Filho de uma dona de casa e um comerciante, Erico após a morte do pai foi aprender um oficio. “Isso foi em 1953. Naquela época a gente não tinha muita opção de emprego. Aí comecei como aprendiz na alfaiataria Adonis”. A época era próspero na profissão. Homens e mulheres da sociedade embalavam suas tardes no Clube Concórdia ou Clube Apolo. O traje para os homens obrigatoriamente era o terno. “Era assim também para ir a igreja, cinema e até para se trabalhar em banco”.

A extinção
Casado e pai de dois filhos que não seguiram a profissão do pai, Erico mantém seu ateliê com fregueses fixos. “Sempre tem aqueles que preferem um bom terno sob medida. Tenho clientes de senhores a jovens”.
Com a mesma maestria que rege as agulhas e a máquina de costura ele explica a diferença entre um terno sob medida e um comprado a pronta entrega. “Os ternos feitos a mão, são forrados com entretela e crina. São de lã e tem bolsos internos. O a pronta entrega é de um tecido mais fino e praticamente todos os seus detalhes são feitos na máquina”.
Perguntado se acredita que futuramente sua profissão era desaparecer ele é rápido em responder. “O alfaiate tende a ser um oficio extinto devido a evolução. Na verdade é um ciclo evolutivo natural”.

Na memória de Renato Ruschel....
O ateliê de Renato fica no centro de Porto União em uma rua menos movimentada que a Manoel Ribas. Foi ele que nos auxiliou na garimpagem dos nomes dos alfaiates estabelecidos nas Gêmeas do Iguaçu. Até que achasse que nenhum foi deixado de lado, foram mais de quatro ligações. Quando o telefone tocava: “Ana, me lembrei de mais um. Não podemos deixar ninguém de lado”.

Dupla realização
Assim como Erico, Renato também foi aprender o oficio após a morte do pai. “Aos 14 anos minha mãe me levou para ser aprendiz na alfaiataria Mailim, do lado do laboratório do Willinho Jung. No começo eu não gostava muito, mas depois fui pegando o gosto. Para aprender a se fazer um paletó se leva quatro anos, por isso, fiz meu primeiro paletó aos 18 anos”.
Lá se vão 61 anos de profissão e desde 1960, Renato tem um ateliê próprio. Ele define seu oficio como uma das profissões mais difíceis. “Tem um grande estilista que afirma que o corpo humano é semelhante as folhas. Ela são diferentes umas das outras. Assim é com o nosso corpo. Nenhum é igual”.
Enquanto puxa na memória os nomes dos alfaiates que fizeram nome em nossas cidades, ele mostra um livro escrito pela professora Therezinha Leony Wollf onde está eternizado o tradicional encontro dos alfaiates no dia que no dia 6 de setembro, Dia do Alfaiate. “A maioria deles já faleceu. Os que estão vivos deixaram de trabalhar”.
Parar de trabalhar é o que Renato não pensa em fazer. Apesar de também crer que o oficio está em extinção devido a modernização, ele afirma que encontro estiver vivo vai continuar a alinhavar muitos trajes. “Como alfaiate eu me realizei pessoal e profissionalmente. Enquanto eu estiver aqui vou continuar”.


Texto da jornalista e amiga Ana Carol, para o Jornal O Comérico - edição 26.06.2010
Adorei o texto, na verdade os textos da Ana são adoráveis mesmo, jornalismo literario sempre...adooro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O perigo em duas rodas



Cidades gêmeas. Assim, União da Vitória e Porto União são conhecidas. Gêmeas por dividem afazeres, obrigações. Mas que somam potência, organização, novidades, estratégias, população, carros, motos e tantas outras coisas. Juntas, segundo a contagem do censo 2007 possuem 83.299 habitantes,
Até de fevereiro de 2009, os municípios possuem juntos 7.293 motos, motonetas e similares. E com isso, dia a dia, vários acidentes envolvendo motos e similares acontecem, vitimando cada vez mais pessoas e muitas vezes com seqüelas irreversíveis.
Segundo o balanço da Policia Militar de União da Vitória, entre janeiro e fevereiro, foram contabilizados 35 acidentes, 19 envolvendo motos. Já em Porto União, entre o mesmo período, foram contabilizados 31 acidentes de trânsito, destes, 17 envolvendo motos. Ainda, a policia destaca que vários acidentes não são notificados. Com isso, o numero pode ser ainda maior.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) no final do ano passado, aponta que as mortes decorrentes de acidentes envolvendo motociclistas no Brasil, cresceram assustadoramente entre 1990 e 2006, apontando um crescimento de 2.252%, ou seja, em 1990 aconteceram 299 mortes decorrentes de acidentes já em 2006 esse número saltou para 6.734, ainda, sem falar em números até 2009.

Os excessos
Ao falar em acidentes, é importante lembrar e destacar a imprudência. Principal responsável pelos acidentes e principalmente os que envolvem motos. A pressa, o excesso de velocidade, as ultrapassagens perigosas e o abuso da confiança são os motivos do aumento de ocorrências e chamadas que envolvem os motociclistas de nossas cidades.
O baixo custo em relação aos automóveis, o fácil acesso e a locomotividade garantida são alguns dos atributos das motos. Quem compra esses veículos opta principalmente pela economia. As motos são na maioria econômicas, passam em qualquer espaço, são mais rápidas e ágeis, porém, apresentam um risco bem maior. Principalmente pela alta exposição do corpo de seu condutor.
Qualquer pequeno acidente envolvendo moto pode ter conseqüências graves. Geralmente, escoriações em membros como pernas e braços são os mais comuns. É fácil encontrar motociclistas com cicatrizes e marcas decorrentes desses acidentes.

Novas regras do Contran em 2009
A resolução 285 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, muda a formação dos futuros motociclistas. Até a nova lei, os alunos treinavam em pistas internas nos Centro de Formação dos Condutores (CFCs) ou auto escolas. Com a nova lei, os alunos terão práticas de direção nas ruas, convivendo assim com a rotina diário do trânsito.
A mudança implica ainda, no aumento do curso prático, antes de 15 horas/aula para 20horas/aula. Já o curso teórico passa a ter 45horas/aula, antes com 30 horas/aula.
As mudanças ainda não chegaram em União da Vitória, mas mesmo assim, todos os Centros de Formação de Condutores já se encontram adaptados a nova Lei.
Segundo Artibano Nhoatto, proprietário de um CFcs, as exigências do Contran já foram todas atendidas, agora só falta a liberação do Departamento Estadual de Transito, (Detran PR), para que a Lei passe a vigorar. “Já estamos todos preparados, apenas aguardando a liberação do Detran”.
Em cidades como Curitiba, Londrina, a Lei já esta presente e em vigor.


Os Motoboys
Há três anos trabalhando como motoboy, Alexandro da Silva Lima, diz que optou por essa profissão, por ser algo mais livre, sem depender muito de patrão. Ele sabe dos riscos que corre dia a dia, mas destaca que sempre é responsável. “Ando de moto, desde meus 18 anos e até agora nada aconteceu”.
Alexandro e outros 12 motoboys trabalham em uma empresa de tele entrega em União da Vitória, que atende várias empresas ou apenas quem liga e solicita uma entrega.
Para ele, quando o produto da entrega é medicamento, a coisa muda um pouco. “A gente sabe que quem está precisando de remédio é quase urgente, então tenta apurar um pouco”. O mesmo acontece com comidas, para tentar chegar até o destino ainda quente. No bate papo com a reportagem, outros motoboys que estavam juntos, até contaram histórias engraçadas.
Uma delas, é que um deles ao entregar no endereço uma pizza ela já estava quase fria. O cliente quase bateu no profissional reclamando do estado do alimento, mas eles defendem que isso não é culpa deles, pois a entrega é feita o mais rápido possível e seguindo as leis de transito.
Ainda, eles destacam sobre a diferenças das pessoas que usam a moto para trabalhar e as que usam para o lazer. Segundo eles, é comum ver motoqueiros realizando manobras arriscadas e perigosas. O que Lima e seus colegas cobram, é mais respeito para com quem usa a moto para trabalhar e sustentar a família.

Os motoristas
“Eles necessitam respeitar mais os carros”, comenta Ruy Jabobs, motorista há 57 anos. Para ele e alguns colegas das rodas de conversa a velocidade é ainda o grande problema. Principalmente pela moto ser algo imprevisível. “De repente você chega a uma esquina, não tem nada vindo, e quando vê de novo, surge uma moto”.
A preocupação de Jacobs, é ainda sobre a vida de cada motociclista, porque eles ficam muito suscetíveis aos riscos.
Já para Luiz Alberto Rocha, existem duas classes que definem quem utiliza a moto, os motoqueiros e os motociclistas.
“Os motociclistas são via de regras, pessoas de bem, que respeitam e ajudam os outros nas estradas ou nas cidades. Já os motoqueiros são bagunceiros que querem levar vantagem sempre, acabam se dando mal e ainda colocam a sua vida e de outros em risco”.
Ele acredita ainda, que se todos usarem o bom senso, tem espaço sem distinção nas rodovias e ruas.
Jaque Castaldon
matéria publica no Jornal O Comércio - União da Vitória

Gestos de carinho: assim é a rotina de quem convive com pessoas com Síndrome de Down

Sorriso empolgante, mãos habilidosas. Assim, é a rotina de Pricila Ferreira Domanski, aluna da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de União da Vitória. Como Pricila, outros 25 alunos, entre crianças, jovens e adultos estudam diariamente na Apae. Além de freqüentar a mesma escola, eles tem em comum algo especial. São portadores de Síndrome de Down.
A síndrome de Down não é uma doença e nem um defeito, é uma ocorrência genética natural que pode acontecer com qualquer um. Durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, que normalmente é formada por 46. Com isso, forma-se um material genético em excesso – localizado no par de número 21, alterando assim, o desenvolvimento regular da criança.
Desde 2006, no dia 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. O dia foi escolhido em alusão aos três cromossomos no par de número 21 que as pessoas portadoras de Down possui, então a data 21/03.
Essa diferenciação pode ser notada nas características como: olhinhos puxados, o bebê é mais molinho e o desenvolvimento geral é mais lento. Mais, com apoio e inclusão essas pessoas especiais rompem barreiras diárias, muitos até chegando às universidades.
No Brasil, a cada 700 nascimentos uma criança nasce com a síndrome, presentes em todas as raças e esferas da sociedade.
Ainda na Apae de União da Vitória você encontra com a mesma alegria, Marcela Golçavez, aluna aplicada e dedicada. Diariamente ela realiza atividades rotineiras, quando a reportagem do Jornal O Comércio visitou a escola, Marcela descascava amendoim, que segunda ela, era para alimentar o coelho da Páscoa, por que ele traria no domingo muitos chocolates.
Segundo Anaí da Luz Stelmachuk pedagoga da Escola, esses alunos aprendem quase igual uma pessoa sem a síndrome, apenas em um ritmo mais lento. Na escola, eles são acompanhados diariamente por profissionais das mais diferentes áreas. São fonoaudiólogos, terapeutas, fisioterapeutas, professores, todos, trabalhando as percepções, a coordenação motora e também a estimulação sensorial.
Os alunos permanecem na escola um período, de manhã ou à tarde. A Apae de União da Vitória atende ainda, os alunos especiais de Porto Vitória. Todos os dias, o transporte é feito da escola para casa e vice-versa, eles são entregues na porta de casa e são acompanhados nesse trajeto por monitores. Pois alguns, necessitam de muito ajuda para se locomover.
Do outro lado da linha
No mesmo ritmo de trabalhos encontramos a Apae de Porto União, que na quarta-feira, 19, adiantou as comemorações da Páscoa. A Escola possui atualmente, 18 alunos com a síndrome. E para Leoni Treml, diretora da Escola, a cada dia uma surpresa envolve os professores. “Vivemos diariamente na expectativa de surpresas, esses alunos sempre conseguem nos surpreender”.
Para os profissionais que trabalham diariamente com essas crianças especiais, o aprendizado é continuo. Com os portadores de Down o aprendizado é ainda maior, por que todos, são muito carinhosos e nunca estão de mal humor. “É muito bom estar perto deles”, sorrido destaca a pedagoga.
Em cada nova sala, que a reportagem visitou, novos sorrisos eram descobertos, como de Iranildo Tandler. Com o rostinho pintado de coelho Iranildo foi tímido nas primeiras fotos, mas depois, mostrou para todos o seu grande sorriso. O mesmo fez a pequena Thamara Miranda, que nos recebeu quando estava lanchando.
Mas, ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa, onde a descriminação e o preconceito são vivenciados até mesmo nas próprias famílias. O importante, é tratar essas crianças com dignidade, buscando auxilio quando necessário. “Como qualquer um de nós, essas pessoas tem direito a espaço na sociedade e na escola, eles tem que ter a oportunidade de estar perto de tudo que nos estamos”, finaliza Anaí.


Jaque Castaldon

Você sabe qual é o destino do lixo hospitalar?

Três hospitais atendem os pacientes de União da Vitória, Porto União e região. São vários procedimentos cirúrgicos, consultas, injeções, internações entre outros realizados diariamente.
Automaticamente, vários produtos são usados e descartados. Mas qual é o destino certo do lixo hospitalar?
Segundo o Ministério da Saúde, (MS), o lixo hospitalar corresponde a 20% do total de resíduos gerados nas unidades hospitalares. Os outros 80% é lixo comum. Gerado dos departamentos administrativos e a cozinha.
Em 1993, o Conselho Nacional do Meio Ambiente, (Conama) publicou a Resolução nº 5, que classifica os resíduos de serviços de saúde em quatro grupos: A, B, C e D.
Enquadram-se no grupo A os que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos, dentre eles, materiais que tenham entrado em contato com secreções e líquidos orgânicos, e materiais perfurantes ou cortantes.
No grupo B, encontram-se os resíduos químicos; no grupo C, os rejeitos radioativos; e no grupo D, os resíduos comuns.
Cada hospital é obrigado a desenvolver um plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e determinar como deve ser feita a coleta de material. E tudo deve seguir as normas e exigências determinadas Resolução RDC nº 33 de 2003. Isto também vale, para clínicas médicas, consultórios odontológicos, farmácias e similares.
Cabe a Vigilância Sanitária de cada município e o Instituto Ambiental do Paraná, (IAP), fiscalizar e orientar os estabelecimentos.

APMI
Na Associação de Proteção a Maternidade e Infância, (APMI) de União da Vitória existe um Plano de Gerenciamento de Resíduos. Todo o hospital é mapeado, os funcionários são treinados sobre a destinação correta de cada material. Em todos os locais, vários tipos de lixo especificado pode ser encontrado. “Todos os nossos funcionários conhecem o nosso sistema”, comenta Antonia Bilinski, administradora da APMI.
O lixo contaminado, ou seja, composto por seringas, agulhas, peças anatômicas entre outros. É recolhido dia sim dia não pela Ecovale. A Associação paga por cada quilo de lixo hospitalar R$ 2,80. Todo material originário do centro cirúrgico ou obstétrico acima de determinada quantia, é encaminhado para o cemitério municipal. Um exemplo disso, é quando ocorre a amputação de algum membro do corpo humano.
O material que é considerado lixo hospitalar, é colocado em dois sacos pretos e depois em um saco branco leitoso com o símbolo de substancia contaminada, uma cruz vermelha.
O lixo comum e que pode ser aproveitado, é encaminhado para a reciclagem. O lixo químico, composto por chapas ou filmes de exames de Raio X são de responsabilidade de uma empresa terceirizada.
Por mês, o hospital produz, de 300 a 400 quilos de lixo hospitalar. O equivalente a 100 quilos semanais.

Hospital São Braz
O procedimento é o mesmo que acontece na APMI, para os três hospitais de nossas cidades. O farmacêutico e responsável pelo Projeto de Gerenciamento do lixo no Hospital São Braz, José Alfredo Rocha Junior, destaca sobre a importância da separação no momento da geração. “A separação deve ser feita no momento da geração, pois depois não adianta, tudo o lixo torna-se contaminado”.
Ele ainda explica, sobre o procedimento pelo qual o lixo passa até chegar ao aterro sanitário. O lixo químico é incinerado antes do destino final. Já o lixo biológico é autoclavado, ou seja, esterilização através do calor úmido sob pressão, e após, também encaminhado para aterros sanitários.
No Hospital São Camilo, (Regional), o processo é realizado da mesma forma, pois, é a mesma empresa que realiza a coleta em todas as unidades de saúde.

Ecovale
A Ecovale é uma empresa especializada em coleta de lixo, atua em União da Vitória desde 2001 e em Porto União, desde 1999. Ela é responsável pela coleta nos estabelecimentos e o transporte até Curitiba, onde o material é incinerado.
A cada 15 dias, a empresa passa para recolher o lixo hospitalar, ou contaminado em Clinicas Médicas, Farmácias, Laboratórios, Postos de Saúde, Clinicas Veterinárias e similares. Já nos hospitais, a coleta é feita três vezes por semana.
A coleta é rápida e segura para os funcionários. A cada dia de coleta, as bombas cheias de material são recolhidas e deixado no local novas bombas, prontas para serem usadas. Na tampa de cada bomba, um lacre é colocado e só é retirado quando chega ao local em Curitiba. “O trabalho é de segurança para nossos funcionários, só é manuseado as bombas fechadas”, destaca Scheila Antunes de Lima, sócia administrativa da empresa.
Até 2006, o processo era bem diferente. Todos os locais que produziam lixo contaminado estavam sobre a responsabilidade do município, ou seja, as cidades eram obrigadas a realizar a destinação correta desses materiais. Agora, cada unidade geradora paga pelos serviços, somente os posto de saúde ficam sobre a responsabilidade do município.
Além de União da Vitória e Porto União, a empresa recolhe o lixo hospitalar em Palmeira, Prudentópolis, Paulo Frotin, Paula Freitas e Iriniopolis.

O lixo contaminado produzido em casa
O titulo parece ser estranho. Mas muitas residências produzem lixo contaminado sim. Lixo esse produzido por exemplo, por portadores de diabetes. Diariamente as doses de insulina aplicadas, necessitam de material novo a cada dia. As agulhas devem ser colocadas em um local próprio e quando acumulada tudo deve ser levado até o destino onde foram adquiridas. Um exemplo são os postos de saúde e a própria vigilância sanitária.
“Cabe a cada unidade geradora, explicar o procedimento a seus pacientes”.
O grande risco do procedimento errado, é que todo essa material esta sendo jogado no lixo comum, colocando em risco a saúde de várias pessoas. Além de quem recolhe e até mesmo nos aterros sanitários. Um acidente com essas materiais, podem ter causas irreversíveis.
Jaque Castaldon
matéria publica no jornal O Comércio - União da Vitória

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um Rio de lixo


“Águas que banham aldeias, e matam a sede da população”, esse trecho da música de Guilherme Arantes, retrata um pouco a função da água no meio ambiente. A qualquer pessoa, se perguntado qual é a função da água, a primeira resposta com certeza será para matar a sede. Para saciar essa vontade do ser humano, a água deve ser em primeiro lugar, pura e limpa. Como já aprendemos nos tempos do primário, a água é inodora, insípida, incolor. Agora uma pequena e importante pergunta? Como está à água do nosso Rio Iguaçu? O maior rio genuinamente paranaense. No trecho do rio que passa por União da Vitória, a situação está bastante cheia. Cheia de lixo. Assim é o cenário encontrado atualmente nas margens do rio. Lixo e mais lixo, toneladas dele. Em vistoria na semana passada, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com a defesa civil municipal, constatou, ao ajudar na retirada das famílias ribeirinhas atingidas pelas ultimas cheias, muito lixo boiando no Iguaçu. Esses materiais, na maioria reciclável, são oriundos dos catadores de papel que vivem ilegalmente às margens do rio. Eles realizam a coleta diariamente em todos os bairros do município, levam essa material para casa e o que sobra eles deixam a deriva, quando acontecem as cheias, todo esse material acaba indo para as águas do rio. “O que nós vimos na fiscalização é muito resíduo, na maioria de material reciclável, digamos, algumas toneladas de resíduos”, destaca o coordenador de resíduos do IAP, Nelson Cleto Junior. Segundo Nelson, a principal indicação é a retirada desses resíduos do rio. E também, a retirada o mais rápido possível das famílias que vivem nessas áreas de preservação permanente (ver quadro). A maior concentração desses resíduos está no final da rua Cruz Machado, Costa Carvalho e também próximo a Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu (Uniguaçu).


Área de preservação permanente


O local onde esses ribeirinhos residem pertence à Companhia Paranaense de Energia (Copel), considerados de preservação permanente, nenhuma ligação elétrica pode ser feita ou restaurada. Com as chuvas e também o aumento do nível das águas, a rede elétrica que abastecia essas famílias foi danificada. Mas a partir de agora, a restauração não poderá ser feita, respeitando as leis ambientais. Há mais de 20 anos cinco famílias foram acomodadas na área ribeirinha ao final da rua Cruz Machado, com instalação elétrica regular. Na época as Leis Ambientais quase nem existiam, o que facilitou essa mudança. Hoje, essa realidade é bem diferente, são mais de 45 ligações irregulares que foram puxadas, os chamados gatos. São cinco faturas de luz, que abastecem 45 domicílios. Para o gerente de departamento da Copel em União da Vitória, Jackson Ayres, a principal preocupação da empresa é a saída o mais rápido possível desse pessoal. “Queremos retirar essas famílias do local de forma pacífica, ordeira e respeitando a lei”. Ayres também comenta, sobre a situação subumana que se encontram essas pessoas. “Eles até tomam água do próprio Iguaçu”. Lembrando que o nosso rio é considerado o segundo mais poluído do Brasil, perdendo apenas para o famoso Tietê, em São Paulo. Os dados foram obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2002 e 2004. Em um acerto entre Prefeitura, Copel e a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), estão sendo construídas no bairro Lagoa Dourada, aproximadamente 48 residências para a recolocação de todo esse pessoal. Até agora, aproximadamente 11 casas já estão quase prontas. Depois que essas famílias forem retiradas do local, a concessionária deve fazer a recomposição da mata nativa, o cercado da área e também a vigilância permanente para que essas pessoas não voltem para lá, o que já ocorreu em anos anteriores. “Também queremos uma moradia digna a essas pessoas”, justifica Jackson.


Reciclagem total, inclusão social e futuro legal


Este é o título do projeto encabeçado pelo Instituto Ambiental Vale do Iguaçu (IAVI), em parceria com a prefeitura. Há três anos, o Instituto realiza um trabalho de conscientização ambiental para a separação dos resíduos sólidos e orgânicos no município. Com a parceria, o IAVI montou a Associação dos Catadores de Material Reciclável de União da Vitória. Foi adquirido um caminhão, que vai até a residência dos catadores e coleta o material para a reciclagem. “Em dois anos com o projeto conseguimos aumentar em 50% a renda dos catadores associados”, explica o presidente do IAVI, Sergio Parastchuk. Até agora, a associação tem 68 membros credenciados. Essas pessoas usam sempre colete, boné e outros adereços que podem identificar o coletor. “Um grande pedido que fazemos a toda a comunidade é procurar doar o material a pessoas que são associadas”. Segundo ele, os que ainda não se associaram possuem pendências financeiras com os chamados atravessadores, pessoas que compram o material desses catadores e depois revendem. Quem já é associado, além de conseguir ganhar mais, também tem o auxílio de alguns profissionais liberais, como dentistas e psicólogos. Já está em andamento um novo projeto que utilizaria verba a fundo perdida do Ministério do Meio Ambiente para a construção de um barracão próximo a aquelas residências no bairro Lagoa Dourada, criando mais uma opção de trabalho a esses catadores. Recentemente, a prefeitura e também o IAVI, estiveram em Caçador (SC), conhecendo um trabalho semelhante, onde uma Cooperativa já funciona e que foi construída através desses recursos. “A cooperativa, é uma maneira de profissionalizarmos essas pessoas e ainda organizar o trabalho deles”, comenta Parastchuk.


Além do lixo dos catadores


Infelizmente não é só o lixo dos catadores que vem poluindo nosso município. Uma cena que está se tornando bastante comum é o depósito de lixo em lugares desabitados, um exemplo é Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto. Uma empresa contratada pela prefeitura realiza a coleta do lixo doméstico e também do lixo reciclável, mas muitas pessoas ou empresas optam em levar esse lixo até ruas ou espaços não habitados. “Cada um deve procurar destinar seu lixo corretamente, não deixando em via publica ou em locais de pouca circulação de pessoas”, comenta o secretário do Planejamento Jamar Clivatti. Além disso, para o ano que vem a atual administração já possui um projeto de revitalização da Avenida, para transformá-la em uma moderna via de circulação. “Não podemos prejudicar o visual da Bento, então, todo mundo tem que cuidar e fazer a sua parte”, finaliza Clivatti.

Jaque Castaldon

matéria publica no jornal O Comércio de União da Vitória em 06/10/2009


As promessas...

Do que depende o futuro de um município ou de um país? A pergunta é fácil de ser respondida. Nosso futuro depende das nossas crianças. Um dos grandes investimentos, que muitos políticos esquecem e deixam de lado é o investimento na infância. É nessa época que o caráter é formado, nossa vida tem como base o reflexo de nossa infância. Uma criança feliz, educada, bem alimentada, amada, vai se tornar, ou tem grandes chances, de ser um adulto com caráter.
Esse ano é eleitoral. Em outubro acontece às eleições municipais. Porque não agora, parar, refletir e ver o que nossos candidatos podem oferecer ao nosso futuro.
Nossas crianças, as crianças de União da Vitória, Porto União e região, precisam de nossa ajuda, nós como eleitores temos a obrigação de mudar essa realidade. A realidade de abrigos despreparados para atender as que precisam, são casos diários de maus tratos, abandono, violência. Uma realidade que acreditamos existir só em grandes cidades, só que na prática isso acontece aqui e diariamente.
São aquelas que como diz o chavão, ”jogadas as traças”. São crianças que por determinação judicial, devem seguir para um abrigo ou casa de apoio no município. Para que nesses lugares, elas consigam se reerguer, aprender a ser cidadão e acima de tudo ser amadas e cuidadas. Esse é o papel do abrigo. Mais será que sempre isso é cumprido?
Será que todas essas casas, que devem servir como lar temporário até que uma outra decisão ou uma adoção aconteça, estão devidamente preparadas para receber esses pequenos? Como está a estrutura? O quadro de funcionários? A alimentação? Vestuário? Será que tem tudo isso?
Bem, pagamos nossos impostos municipais, para que, a administração e seu grupo de funcionários desenvolvam esse trabalho de recuperação e amor a essas crianças. Proporcionando-lhes um pouco de dignidade, que no futuro, elas conseguiam ter sobriedade para não repetir os erros dos pais.
Acredito profundamente na valorização do ser humano, e no seu poder de transformação. Quem investe nessa questão, vai ter retorno. Qualquer empresa, pessoa e administração. Pois, o amor, a solidariedade, a união são sentimentos que, vivenciados dia a dia, podem transformar um ambiente, uma empresa, uma casa e também um município.
Então, na hora de votar, vamos colocar a mão na consciência e no coração. E ver o que a nossa cidade realmente precisa, se nossos candidatos apresentam solução e projetos que pensam no futuro, que pensam em nossas crianças. De nada adianta ter dinheiro, ter status se você não tem no coração amor e solidariedade.


Jaque Castaldon

União da Vitória possui empresa pioneira em reutilização de plástico que antes, ia para aterros sanitários

Cadeiras, bancos, mesas, palanques de certa, assoalhos para caminhão. Esses e outros produtos são desenvolvidos pela empresa In Brasil de União da Vitória.
Aparentemente, são produtos comuns, encontrados em outras muitas fábricas por todo o país. Mas a empresa de União da Vitória, possui um diferencial, ou melhor, um diferencial ecologicamente correto. A empresa desenvolveu há aproximadamente um ano e meio, uma Madeira Plástica – marca já registrada pela empresa, desenvolvida através de resíduos industriais, ou seja, os lixos das fábricas de papel. A principal matéria prima é o plástico que reveste por exemplo, as capas de caderno, as caixas de pizza. Material esse, que não era reutilizado e acabava em aterros sanitários.
Para tentar resolver esse problema para o meio ambiente e aproveitando a vasta quantidade de matéria prima na cidade, Marco Adriani Sterle, diretor proprietário da empresa, acabou criando uma maneira de utilizar esse lixo de maneira correta e ambientalmente certa. O processo inicial, foi feito manualmente. O plástico que era lixo, era retirado através da mãos dos trabalhadores e depois seguia para a fabricação dessa tábuas de plástico reciclado.
“Então resolvemos arriscar”, destaca Marco. Como o apoio da empresa Miguel Forte de União da Vitória, e com a partipação em uma feira na Alemanha, eles conheceram uma empresa Japonesa, que desenvolvia um trabalho semelhante. Então a adaptação da nova maquina poderia ser possível. E isso realmente aconteceu. Já no Brasil, uma maquina foi adapta para conseguir reciclar então o plástico e desenvolver enfim a madeira plástica.“Ao longo do tempo, muita coisa mudou, as primeira maquinas que nos desenvolvemos para processar os resíduos estão paradas. E outras já as substituíram”, comenta Adriani.
As maquinas de hoje, operam com menos da metade da capacidade e a produção é bastante grande. Entretanto, atualmente a In Brasil utiliza apenas a matéria prima de duas das quatros grandes empresas de papel de União da Vitória. As vendas já estão acontecendo de forma centralizada mais em representantes e no site da empresa. Mas entretanto, estados como o de Pernambuco já se interessaram e compraram a Madeira Plástica de União da Vitória – primeira cidade brasileira a fabricar esse material.
Na segunda-feira, 15, estavam na fábrica algumas pessoas de Guarapuava, região central do Estado. Eles viram uma pequena propaganda da Revista Globo Rural e se interessaram pelos palanques de cerca. Então, decidiram conhecer de perto o trabalho, e acabaram levando para casa, além dos palanques, mesas, cadeiras e bancos. Várias pousada da Ilha do Mel, litoral do Paraná, já compraram os matérias e ate mesmo enviaram para uma outra franquia em Fernando de Noronha, em Pernambuco. Para o diretor da In Brasil, isso é muito importante, lugares que preservam o meio Ambiente, usam um material ecologicamente correto. “Estamos reciclando um resíduo industrial que ninguém queria. Ainda não temos um sucesso necessário para o projeto ser viável, mas futuramente com certeza vamos ter”, comenta Sterle.

Jaque Castaldon

26 de agosto, Dia da Igualdade da Mulher. Conheça a rotina de Clarice

São 6h30 da manhã de uma terça-feira. O despertador indica que já esta na hora de acordar para ir trabalhar. Clarice, levanta, coloca água na cafeteira e o leite para aquecer no microondas. Ao mesmo tempo a toalha já esta estendida em cima da mesa, o pão e os biscoitos preferidos da família também.

Agora, 6h45, Clarice entra no chuveiro para uma rápida ducha. Ao sair, entra no quarto de Gabriela, sua filha de 16 anos e a acorda. Depois entra no quarto de Felipe, seu filho de 18 anos, junta todas as roupas sujas do chão e também o acorda.

Nesse tempo, já são 7h05. Ao entrar em seu quarto, Francisco, seu esposo ainda está dormindo. Então ela o chama para acordar também. 7h20, Clarice já pronta, termina de ajeitar os últimos detalhes da mesa do café. Enquanto Felipe reclama que tem que usar uma camisa azul, justamente a que esta na pilha gigantesca de roupas para passar. Clarice, mãe dedicada, deixa sua xícara de café pela metade, vai até a lavanderia e passa a famosa camiseta azul de seu filho. Depois todos enfim na mesa, terminam de tomar seu café. E cada um segue sua direção.
Gabriela, vai para o colégio onde esta terminando o Ensino Médio. Felipe, vai para o cursinho intensivo, para tentar mais um ano passar na faculdade. Já Francisco, que é corretor de imóveis vai até o escritório de empresa que trabalha – que nessas épocas com vendas bem a baixo do esperado. Clarice segue de ônibus, para não atrapalhar as rotinas dos outros três, até seu trabalho. Ela trabalha como secretaria de uma clinica de estética. Trabalho conseguido a pouco mais de um ano, para ajudar nas despesas da casa, quando Francisco ficou desempregado por cinco meses.


8h15, Clarice entra na clinica, ajeita as revistas na sala de espera, ligo seu computador, confere a agenda e coloca a água mais uma vez na cafeteira, dessa vez o café é para sua patroa. Entre pacientes, telefonemas e conversas lá se vai a sua manhã. É meio dia, seu esposo Francisco passa para pegá-la, mas com alguns minutos de atraso. Chega em casa 12h30, Felipe esta estirado no sofá, com os berros da mãe, resolve se mexer um pouco. E a ajuda colocar os pratos na mesa. Enquanto isso, no fogão os bifes já estão sendo fritos, e o feijão e arroz esquentado. A salada falta apenas temperar, ela deixou limpa na noite anterior, como faz todos os dias. 12h45, todos se sentam na mesa para almoçar. Conversam, trocam experiências do dia-a-dia e opiniões. 13h15, todos saem da cozinha, exceto Clarice, que empilha os pratos sujos na pia.
Felipe volta para o cursinho, Francisco volta para o trabalho, Gabriela vai para a aula de dança e Clarice também retorna para a clinica que trabalha. O ritmo de trabalho da tarde é muito parecido com o da manhã. Telefonemas, agendamento de consultas e ainda auxilia a esteticista. A tarde passa voando – como ela mesma sempre afirma. Uma vantagem ela tem, deixa o serviço às 17h30 e vai para casa de carona com sua companheira de trabalho, porque ela sempre vai buscar o filho na escola que fica próximo a casa de Clarice.


O dia esta quase chegando ao fim para muitos, exceto para ela. Ao chegar em casa, às roupas sujas já estão batendo na maquina, enquanto isso, a louça suja do almoço já esta quase limpa, com suas habilidades rápidas, adquiridas diariamente, pois sempre ela corre contra o tempo.
Uma geral na casa também agora é fácil para Clarice. As roupas da maquina já estão quase pronta, aproveitando o “tempo livre”, Clarice ainda passa um paninho nos sapatos de seu marido. Nesse tempo, as roupas já estão prontas para serem colocadas no varal. E lá vai Clarice então vai estendê-las na garagem onde ficava seu carro. O carro, tiveram que vender quando seu marido ficou desempregado. Mas agora pensado bem, é bom, ela tem lugar para estender as roupas a noite e quando chove.


Já dentro de casa, lembra-se, que o leite esta quase acabando. Vai até a padaria, compra leite e pão para o café. E vê uma deliciosa massa de pastel, e lembra, que sua família simplesmente adora pastel. Principalmente os de bananas. Então resolve fazer um agradinho para todos e compra a massa. Chega em casa, faz os pasteis. Enquanto isso, Gabriela chega em casa com uma amiga que vai dormir lá essa noite. As duas se trancam no quarto para conversar. Felipe chega, vai tomar banho, reclamando de fome. Enquanto isso Francisco já em casa, assiste o telejornal. Clarice, termina os pasteis, frita todos e chamam todos para a janta. Todos jantam. A louça da noite sempre é de responsabilidade de Gabriela, mas como hoje ela esta com visita, Clarice faz mais um esforçinho e a lava.

Depois dessa maratona e cheirando fritura, Clarice vai tomar seu delicioso banho. Então se senta no sofá ao lado de seu marido, para curtir já nesse horário a metade da novela das oito. Quando seu querido filho exclama que quer aquela tão blusa vermelha que também esta para passar. O que Clarice faz, vai ate lá passar a blusa vermelha. E olha para aquela pilha de roupas e resolve passar tudo. Adiantando o serviço. Então 23h30, um pouco cansada, Clarice vai até seu quarto e dorme.

Quarta-feira, 6h30, o despertador toca e Clarice se levanta. Espere! a rotina vai ser a mesma, pode ser que não nessa mesma ordem, mais vai ser a mesma, talvez não precise lavar roupa hoje nem passar, mas outros trabalhos vão surgir. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), 35 milhões de mulheres trabalham fora no Brasil. Dessas, 32 milhões, realizam a jornada dupla ou seja, além de trabalhar fora todos os dias, desempenham atividades domesticas quando chegam em casa, como nossa amiga Clarice.

O que é revoltante, é que se nos mulheres, estudamos mais que os homens – estudos já comprovaram que as carteiras universitárias são mais preenchidas por mulheres. Desempenhamos os mesmos trabalhos, com igual ou mais capacidade, porque ainda recebemos menos por isso?? O preconceito ainda é grande em todos os aspectos da sociedade. Salve, as empresas que já deram um passo à frente, e não deixam esse preconceito ridículo atacar suas repartições.

Em particular, as mulheres brasileiras concentram-se em atividades do setor de serviço; são professoras, comerciarias, cabeleireiras, funcionaria publica, entre outros. Mas o que mais concentra mulheres é o serviço domestico remunerado – primeira ocupação das mulheres brasileiras. Das domesticas, 56% são negras. Este ai, mais um ponto para discussão. Qual será o motivo disso? Falta de oportunidades, falta de tempo, falta de dinheiro ou puro preconceito de uma sociedade? Isso é um bom assunto para outro dia.

Dia 26 de agosto, é comemorado o Dia da Igualdade da mulher. O dia refere-se a Margarida Maria Alves. Ela foi líder sindical e assassinada nas portas de sua casa, diante de seu marido e filho, em 1983 na Paraíba. Então, todo o ano para relembrar a data, trabalhadoras rurais de todo o país realizam a Marcha das Margaridas em homenagem a trabalhadora morta há 24 anos.
Falando em coisa boa, toda a empresa que tem em seu quadro de funcionários o maior número de mulheres, o trabalho é feito com mais entusiasmo, atenção e responsabilidade. O último adjetivo, bem conhecido desse sexo. Se não fossemos responsáveis, não agüentaríamos a jornada dupla diariamente. Sim! De segunda a segunda, porque mãe e esposa não tiram folga no sábado e domingo. O que é visível é a força de vontade em concluir a graduação e a especialização. A cada dia, mulheres adentram as grandes organizações, ocupando cargos de alta responsabilidade que antes pertenciam apenas aos homens.


É muito bom, é ótimo que a cada dia nos mulheres conquistamos mais lugar no mercado de trabalho, mais lugar nos cursos de graduação e especialização. Pois quem sabe com isso, todos percebam o nosso profissionalismo, nossa vontade de transformar o mundo em que vivemos. Juntas, podemos ser cada vez mais forte. Então mulher jamais permita ser derrotada ou humilhada. Lute e lute muito a cada dia mais, por seu lugar, por seu emprego, por sua família. Lute enfim pela sua realização e pela sua felicidade.


Jaque Castaldon

Um gesto simples que virou uma grande história

Na rua a imagem pode ser curiosa. Um senhor, sua bicicleta e uma cadeira de rodas na garupa. Com certeza quem viu esse cena na tarde de quinta-feira, 11, ficou bastante surpreso e curioso. Porque um senhor de meia idade, estaria andando nas ruas de União da Vitória com sua bicicleta e uma cadeira de rodas?
O primeiro gesto de solidariedade
O rádio sempre foi conhecido como o meio de comunicação mais barato, acessível e instantâneo. Devido a essas atribuições, muitas são as história ostentadas por esse veículo em toda a sua história. Várias pessoas encontraram suas almas gêmeas pelas ondas sonoras, famílias foram reaproximadas, encontros dos mais diferentes gêneros aconteceram, graças a essa ferramenta de comunicação. Além de tudo isso, vários gestos de solidariedade também podem ser vivenciados através do rádio. Em sua história, a Rádio Difusora União, de União da Vitória, com 64 anos completados no dia 10 de outubro, também possui em sua trajetória, várias histórias interessantes, engraçadas, comoventes e emocionantes. A aproximadamente quatro meses o senhor Norberto Sergio de Viana de 49 anos, solicitou através dos microfones da Rádio União, uma cadeira de rodas para seu pai, que na ocasião estava bastante debilitado e precisava muito de um auxilio para sua locomoção. Seu pedido foi prontamente atendido por um ouvinte da emissora. Que ao saber da história doou a cadeira de rodas para o pai do senhor Norberto. Após alguns meses de uso, o pai do Senhor Norberto esta quase recuperado, já esta realizando trabalhos de fisioterapia e não precisa mais da cadeira de rodas.
O segundo gesto de solidariedade
Ainda, através dos microfones da Rádio União, na quarta-feira, 10, a senhora Terezinha entrou em contato com a emissora, pedindo ajuda, pois sua mãe necessitava de uma cadeira de rodas, que elas, não tinham condições de comprar. Na quinta-feira, 11, perto das 13h30minutos, uma cena chamou a atenção dos funcionários da Rádio Difusora União, enquanto conversavam na secretária da emissora. Um senhor já com os cabelos grisalhos, desamarrava de sua bicicleta uma cadeira de rodas, um gesto bastante curioso e emocionante. Esse senhor é o Senhor Norberto, que a quatro meses conseguiu através da rádio a cadeira para seu pai. Sua esposa e sua mãe sempre atentas a programação da Rádio União, escutaram o apelo da dona Terezinha, pedido o auxilio de uma cadeira de rodas para sua mãe Ana Czadotz de 74 anos que reside da Colônia Nova Prátia - Santa Cruz do Timbó, interior de Porto União. Já que, o pai de Norberto, já não precisa mais da cadeira. Foi à vez da família Viana ajudar uma outra família que como eles, agora precisam de uma cadeira de rodas. O gesto com certeza, vai render bastante histórias para quem presenciou a cena, que nos dias de hoje é rara. Isso mesmo, cada vez mais, as pessoas se preocupam com elas mesma, esquecem de ajudar, de compartilhar com os outros. São com cenas, como a dessa quinta-feira, que a esperança surge novamente no coração. E ainda faz, o ser humano sentir orgulho de ser cidadão e filho de Deus.
Jaque Castaldon

Muito mais que uma instituição


Assim é a Associação Profeta Daniel, que atende mulheres com dependência química e idosas


Ao chegar, um portão branco com uma estradinha de chão batido. As árvores do trajeto formam um corredor que para as internas, significa o começo de uma nova caminhada. Já para as vovós, um lugar tranqüilo, onde elas podem desfrutar da natureza relembrando toda a sua trajetória de vida. Isso define bem, a chegada na Associação Profeta Daniel, localizada no Bairro São Gabriel em União da Vitória.
Associação Profeta Daniel

O local começou a trabalhar e receber suas “hospedes” em 2004. Sua construção foi iniciada em outubro de 2001. Sua idealizadora, a senhora Tânia Forte, construí a casa pensando no tratamento de mulheres com dependência química, acima de 18 anos. Inicialmente esse era o único objetivo da casa. Mas em 2007, com o fechamento de um asilo aqui no município e aproveitando a capacidade física da Associação, novas moradoras chegaram até o local. Mulheres idosas que dependiam do antigo asilo, ganharam assim uma nova casa. Com estrutura completa para atender suas necessidades.

O Profeta Daniel, é um local aconchegante. Quem visitar ou quem já conhece sabe do que estou falando. Uma grande área de contato direto com a natureza, com árvores, flores e animais. Além, de uma horta recheada de legumes e verduras. Logo, logo, um pomar deve embelezar ainda mais a parte externa da casa. A casa possui quatro quartos com capacidade para quatro internas cada um, esses, voltados para abrigar as idosas que lá residem. Hoje, 12 vovós moram no local. Um outro quarto, com capacidade para seis pessoas, é divido pelas mulheres internadas com dependência química. Atualmente, apenas três lugares estão ocupados. Um quarto também foi montado para abrigar as monitoras que trabalham no turno da noite. Uma sala ampla, com sofás e poltronas fazem a alegria das internas principalmente na hora das novelas. Quando nossa reportagem visitou o local, as “senhorinhas”, apelido carinhoso usado pelas funcionárias para denominar as senhoras idosas, estavam no local, acompanhando a novela da tarde. Em uma outra sala, fica a parte administrativa, onde a auxiliar administrativa Keldy Marcondes recebeu a reportagem inicialmente. Depois, em um delicioso passeio pelos outros cômodos. Conhecemos o refeitório, esse sim, é de dar inveja a muita gente. Várias mesas alinhadas dão de frente a uma grande sacada, na vista, além do movimento da BR – 153 a Transbrasiliana os tanques do Centro de Piscicultura da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras, (Fafiuv). Logo depois, um grande corredor leva aos quartos e aos banheiros. Na cozinha, tabelas coladas na parede mostram o cardápio semanal, desenvolvido por nutricionistas. Lembrando sempre, a necessidade e os cuidados com cada interna. Na dispensa, bastante feijão, vidros de compota, enlatados e outros alimentos, a maioria oriundos de doações.

A Associação é filantrópica, ou seja, não visa obtenção de lucro. Preocupa-se com as pessoas mais carentes. As internas, quando, com condições financeiras contribuem mensalmente com as despesas, se não, as despesas são custeadas pelos Sócios Voluntários, pessoas que contribuem mensalmente com a manutenção do local. Além disso, o abrigo possui convênios com as prefeituras como, por exemplo, no atendimento médico. Entretanto, muitas vezes, as internas, na maioria as com mais idade são levadas para atendimento particular, devido à necessidade e a urgência no tratamento.

O dia a dia

Tudo é feito seguindo um cronograma. Aulas de artesanato são realizadas semanalmente, bem como a visita de pessoas das diferentes religiões. “Nos trazemos diferentes doutrinas aqui. Daí elas escolhem o que elas querem seguir”, comenta Keldy. Além disso, as internas com dependência química, auxiliam na manutenção e limpeza da casa, e também ajudam no cuidado com as senhoras. “Com essa convivência, conseguimos resultados muito melhores”, comenta. Ainda durante a semana, elas recebem atendimento psicológico, médico e fisioterapeutas. E visitas de representantes dos Alcoólicos Anônimos (AA) e também dos Narcóticos Anônimos (NA). Quando necessário, as internas são levadas com o carro da instituição até consultórios no município. A rotina começa com o café da manhã, logo depois um lanche e depois o almoço. No meio da tarde é servido um lanche, depois o jantar e, se alguma sentir necessidade, lancha mais uma vez antes de dormir. Atividades como, banho, jantar e outros afazeres se encerram às 20 horas. Mas, se as internas preferirem podem ficar mais um pouco acompanhando a programação na televisão.
Equipe

A equipe é composta por, um Fisioterapeuta (Daniela Sens), um Psiquiatra (Dr. Hans Jakobi), um responsável pela administração, um responsável técnico (Maria de Lourdes Palácios), duas psicólogas (Solange Wachholz e Mara Novacki Luiz) e também quatro monitoras, essas, dividas em turnos. Além dessa equipe profissional, o local, conta com a ajuda de várias pessoas e várias empresas. Os supermercados da região realizam doações semanais de frutas e outros alimentos. Sempre que preciso, empresas do ramo de construção sempre doam materiais ou os tornam mais acessível. E ainda, as vovós sempre ficam com os pés aquecidos, doações de meias de lã nunca faltam. Essa equipe de voluntários, pode se tornar cada vez maior. Ajuda sempre é bem vinda. Se ela não pode ser feita através do desenvolvimento de algum trabalho ou aptidão. Pode ser transformada em carinho e atenção. Basta uma tarde de conversa com essas senhorinhas. Todo o domingo, as visitas acontecem das 13h às 17 horas, e estão abertas à sociedade. “Muitas vezes o que elas precisam é de apenas uma boa conversa”, destaca Keldy. Ainda segundo ela, tudo é motivo de festa. Comemorações como aniversários, festas temáticas e até casamento são comemorados na Associação.
Tratamento

O tratamento para as internas com dependência química, dura no mínimo quatro meses e o termino é indeterminado. No período, elas são acompanhadas de perto por diferentes profissionais. Depois desse tratamento, elas são acompanhadas durante um ano pelas psicólogas. Existem casos de pacientes que já voltaram ao tratamento cinco vezes, mesmo assim, a equipe considera uma vitória. “A cada retorno, sentimos que pelo menos, alguma coisa conseguimos mudar em seu pensamento”. Apesar da idade mínima para internamento ser de 18 anos, a maioria tem mais de 25 anos, casadas com filhos. E muitas vezes procuram o tratamento por estarem com processo na justiça para a perda da guarda das crianças, ou também, como já aconteceu em muitos casos, às internas são levadas até a casa por outras ex-internas. Os casos são encaminhados até a associação, através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de cada município, pelas assistentes sociais municipais e até mesmo pelos próprios familiares.
Jantar Beneficente

No dia, 13 de novembro de 2009, a partir das 20horas acontece a terceira edição do Jantar Baile da instituição no Clube 25 de julho. Com o objetivo de arrecadar fundos para a Associação. Para esse ano, o jantar é italiano e animado novamente pela banda By Brasil.
Você também pode ser voluntário

Para se tornar sócio voluntário do Profeta Daniel ou apenas voluntário. Basta você contribuir mensalmente com qualquer quantia acima de R$ 5 reais, ou apenas doar um pouco de seu tempo e sua atenção a essas pessoas que tanto precisam.
Serviço:
A Associação Profeta Daniel fica na BR 153, na rua Vitor Kukla, nº 510, próximo ao trevo de Porto Vitória, Telefone: (42)- 522 - 6433.


Jaque Castaldon


Matéria publica em 06/11/2009 - http://www.radiouniaoam.com.br/