terça-feira, 27 de março de 2012

São só 5 ml de solidariedade


São apenas 5 ml, formados de esperação, fé, e é claro, a boa ação de quem é Doador de Medula Óssea. Para muitas pessoas, essa pequena quantidade de sangue significa recomeçar, acreditar de novo.

No Brasil e no mundo existem Pedros, Joãos, Marianas, Biancas, Josés e Marias que tanto precisam de um doador. Hoje, vou contar a história de uma dessas Marias, é a Maria Vitória, uma garota alegre, divertida, cheia de vontade de viver. Ela tem 07 anos, completados no domingo dia 18 de março. Maria mora em Guarapuava com sua mãe e mais dois irmãos.

Em uma casa pequena, mais aconchegante ela vive feliz aguardando um doador compatível. Ela precisa de um transplante de médula óssea.

Maria Vitória sofre de Aplásia Seletiva de Glóbulos Vermelhos, ou seja, uma anemia severa em que a medula não produz os glóbulos vermelhos. A doença, foi diagnosticada quando ela tinha 19 dias de vida. A aplásia, obriga tranfusões de sangues mensais. Então, ela e sua mamãe Ironi, vão até o Hospital de Clinicas de Curitiba e realizam o procedimento. Cada mês, a reação e a quantidade de sangue recebida é diferente. Tudo depende de como está a saúde de Maria, afinal, a doença também à deixa com baixa imunidade e mais sucessitivel a gripes, resfriados e outras doenças.

A história de mais essa pequena guerreira guarapuavana, foi conhecida em novembro do ano passado, mais precisamente no dia 25, dia do Doador de Sangue. No mesmo dia, o Hemocentro de nossa cidade ganhou congratulações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), pela excelente campanha em prol da doação de sangue e medula feita pelo orgão, durante a campanha de outra garota guarapuavana Maria Julia Franciosi Gelisnki. Por coincidência ou não, as duas são Marias.

Maria Julia, recebeu a nova medula em novembro do ano passado. Ela ainda está em Curitiba se recuperando do transplante.

Quando você decide se tornar um doador voluntário de sangue, suas informações são cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Lá ficarão armazenados seus dados pessoais. Seu sangue, será tipado por um exame chamado de histocompatibilidade (HLA), um exame que vai identificar suas características genéticas. As informações genéticas do doador e dos pacientes serão cruzadas. Quando houver um paciente compatível, outros exames serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar se deseja fazer a doação. Não existe fila de espera para receber esse transplante. Isso ocorre porque o paciente precisa ter compatibilidade genética com o doador. A chance de um paciente encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil. É por essas razões que a busca por um doador começa dentro da família. No entanto, as chances de encontrar um doador ideal entre irmãos é de 25%.

Como é feita a doação?

Existem duas formas de doar. A escolha do procedimento mais adequado é do médico. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.O segundo procedimento chama-se aférese. O doador toma um medicamento que faz com que as células da medula óssea sejam levadas para a corrente sanguínea. Estas células são retiradas pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese.

Hemocentro de Guarapuava

Rua: Afonso Botelho, 134 - Santa Cruz. Informações: (42) 3622-2819


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dia da mentira

Bom se hoje não fosse o dia da mentira, e que eu conseguisse chegar nos microfones do jornal do meio dia, e falar para você querido ouvinte, que Itapoá e o Brasil não tem mais problema de fome, que não existe mais miséria, que todos as crianças estão na escola, que todas as casas tem refeições dignas, que todo pai tem o seu trabalho garantido, que com isso existam vagas em creches, remédios e atendimento na rede de saúde publica. Que não existe dor, perda e falta. Falta de amor, paz e comida. Bom seria, se todos pudéssemos compartilhar de uma vida mais segura, sem drogas, sem roubos e com muito amor. Em quanto esse dia não chega, vamos tentar e mudar o mundo em que vivemos. Vamos ajudar o vizinho, o amigo ou o desconhecido que precisa. Vamos mudar a realidade da nossa cidade, do nosso bairro, ou da nossa rua. Vamos correr atrás de nossos direitos e não esquecer de cumprir nossos deveres. Vamos sonhar e esperar por um mundo melhor, talvez com a parte de cada um, ele aconteça. Obrigada pela companhia diária através das ondas do rádio, o carinho e a atenção de vocês é que movimentam a vida e esse jornal.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Caixa de Poesias chega em Garuva


A população de Garuva vai descobri no próximo sábado dia 18 de setembro a função mais que especial de uma caixa. Uma caixa especial. Assim são as caixas de poesias produzidas pelo escritor e poeta itapoanse Luiz Arthur Montes Ribeiro.

Durante o sábado, 18, basta você ir até a papelaria Galáxia e conhecer de perto essa novidade. Além das caixas, o escritor de Itapoá também estará autografando o livro “Santa Catarina Meu Amor” antologia com poesias de escritores catarinenses, lançado em julho de 2010. Além de Luiz Arthur, o escritor e poeta Célio Gilberto Silva de São José (SC) também participa do dia de autógrafos.

As caixas de poesias

Seis diferentes caixinhas de poesias serão comercializadas. Elas são confeccionadas em papelão e pintadas uma a uma. Dentro de cada uma, poesias referente a exposição “No mar da minha angústia encontrei a bonança nas águas e nos peixes multicoloridos da tua existência”, que segue até dia 30 de outubro no Empório das Artes “André Luis” em Florianópolis. A exposição é formada por 20 telas, com grande destaque para os peixes em forma tropicalista e colorida. Questionando a dualidade existente entre cada um de nós, enquanto macho e fêmea.

O escritor e poeta

Luiz Arthur Montes Ribeiro é paranaense, nasceu em Ponta Grossa. Já morou em Curitiba, Nova York e Madri. Atualmente reside em Itapoá SC, onde desempenha suas profissões de Artista Plástico e Poeta-Escritor. É graduado em Letras Português/Inglês, pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Com pós graduação em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e é Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (PUC-PR). Em Itapoá trabalha em seu Ateliê de Artes, Literatura e Gastronomia; é Diretor de Educação e Cultura da Fundação Pró-Itapoá e Presidente da Academia de Letras do Brasil Municipal Itapoá. O artista realiza exposições de suas obras em várias cidades do Brasil e países como Moçambique e Espanha. Luiz Arthur tem oito livros publicados.

Vento e Mar

Ah, este vento e este mar

me alucinam

me enchem de prazer

Sob esta paisagem quero te amar

te beijar

te possuir para sempre,

porque assim o Vento e o Mar dialogarão sobre o nosso eterno amor

Vem prá cá, vem viver comigo

Te amo muito e quero que este Vento e este Mar sejam nossas testemunhas

Vem, vem sentir o aroma que este Vento traz

Vem, vem sentir o brilho das ondas deste Mar

Vem viver comigo na Barra do Saí

Vem, vem porque te desejo muito.

Luiz Arthur Montes Ribeiro

Barra do Saí (Itapoá) – janeiro de 2010.

Serviço:

A papelaria Galáxia, local dos autógrafos fica na Avenida Celso Ramos, 1237 – (em frente ao fórum) – Centro – Garuva.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Caixa de Poesias

Escritor itapoaense abre exposição em Florianópolis no próximo dia 27 e lança projeto encantador sobre poesias


Uma caixa pode guardar muitas coisas. Alguns as usam, por exemplo, para guardar lembranças. E porque não usá-las para guardar poesias?

Com esse objetivo o poeta itapoaense Luiz Arthur Montes Ribeiro, lança o projeto Caixa de Poesias. Você lembra como eram as pequenas caixas da sorte, que serviam para aguçar a curiosidade? Então, as caixas de poesias servem para aguçar também a curiosidade sobre poemas. Dentro de cada uma, feita com várias formas diferentes, você encontra poesias.

Para dar inicio a este encantador projeto, aliamos o lançamento do projeto à abertura da exposição “No mar da minha angústia encontrei a bonança nas águas e nos peixes multicoloridos da tua existência”.

A abertura da exposição acontece no dia 27 de agosto, a partir das 20 horas, no Empório das Artes “André Luis” em Florianópolis.

Ao todo, 20 telas participam da exposição, com grande destaque para os peixes em forma tropicalista e colorida. Questionando a dualidade existente entre cada um de nós, enquanto macho e fêmea. “Ressalto em minhas telas o belo e o colorido, em busca da paz, da vida plena de conhecimento, repleta de alegria e prosperidade” comenta o artista.

Durante a exposição, seis diferentes caixinhas de poesias serão comercializadas. Elas são confeccionadas em papelão e pintadas uma a uma. Dentro de cada uma, poesias pertinentes a exposição.

Ainda na abertura, o poeta itapoaense estará autografando o livro “Santa Catarina Meu Amor”, antologia com poesias de escritores catarinenses, lançado em julho de 2010.

Luiz Arthur Montes Ribeiro

Luiz Arthur Montes Ribeiro é paranaense, nasceu em Ponta Grossa. Já morou em Curitiba, Nova York e Madri. Atualmente reside em Itapoá SC, onde desempenha suas profissões de Artista Plástico e Poeta-Escritor. É graduado em Letras Português/Inglês, pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Com pós graduação em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e é Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (PUC-PR).

Em Itapoá trabalha em seu Ateliê de Artes, Literatura e Gastronomia; é Diretor de Educação e Cultura da Fundação Pró-Itapoá e Presidente da Academia de Letras do Brasil Municipal Itapoá. O artista realiza exposições de suas obras em várias cidades do Brasil e países como Moçambique e Espanha. Luiz Arthur tem oito livros publicados.

Serviço:

A exposição estará aberta ao publico de 28 de agosto a 30 de outubro, de segunda à sexta-feira, das 10 às 21hs e sábados das 10 às 18hs; no Empório das Artes “André Luis” - Rua João Pinto, 152 Centro - Florianópolis

Itapoá presente no 2° Encontro Catarinense de Escritores


O escritor local Luiz Arthur Montes Ribeiro representou Itapoá com duas poesias no livro Santa Catarina meu amor

Conhecido pelas belas cachoeiras o pequeno município catarinense de Alfredo Wagner se esconde entre as montanhas e o rio. Paisagem propicia para qualquer encontro. Mas entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, a cidade recebeu o 2° Encontro Catarinense de Escritores. Ao todo, 40 municípios estavam representados por vários escritores catarinenses. Além das academias de vários estados como Maranhão, Roraima, Santa Catarina e Paraná. O presidente da Academia de Letras do Brasil (ALB), Mario Carabujol também esteve presente.

Paralelo ao evento, realizado no Clube Recreativo, aconteceram também o lançamentos de livros e palestras.

Um dos livros lançados foi o “Santa Catarina meu amor” uma coletânea de poesias de autores catarinenses. Itapoá estava representada com duas poesias do escritor itapoaense, Luiz Arthur Montes Ribeiro, o qual participou do encontro no dia 31 de julho e na oportunidade recebeu a homenagem com o diploma Amigo da Cultura Literária de Santa Catarina. Luiz Arthur é o Presidente da Academia de Letras do Brasil para Itapoá e um escritor reconhecido nacionalmente pelos seus livros de poesias e educação.

Ainda durante o evento, foi apresentado pela Imprensa Oficial do Estado a Lei 15.019 ou, mais conhecido como projeto 100-cópias sem custos. O projeto consiste na viabilização gratuita das 100 primeiras cópias de livros de autores catarinenses. Depois, a cada nova impressão, soma-se uma porcentagem dos primeiros impressos. A idéia foi aplaudida e foi levado pelo presidente da ALB como sugestão para outros estados.

Para Luiz Arthur, o projeto é o inicio da organização financeira literária brasileira, e é a possibilidade do surgimento de novos poetas. “É um bom subsidio para o começo de carreira”.

Serviço:

Informações sobre o projeto 100-cópias sem custos: (48) 3239- 6062;

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ofício em extinção

Ali, na avenida Manoel Ribas – coração do desenvolvimento de União da Vitória – entre luminosos resplandecentes, há uma discreta e mediana placa com um simples anuncio: Alfaiataria Príncipe : roupas a pronta entrega e sob medida. Ao entrarmos é como se o tempo não estivesse avançado. Balcão de imbuía e armários cheios de corte de tecidos. Tudo é antigo e precioso. Quem nos recebe com uma hospitalidade de dar inveja a qualquer bom comerciante é o alfaiate Erico Clementino da Silva.
Sentado em frente a antiga máquina de costura, ele estava envolvido na costura de um casado de lã (forrado com entretela e crina, como ele mesmo conta). Vestido com um casaco preto, confeccionado pelas suas próprias mãos e uma gravata azul clara que ao olhar mais atentamente parecia um tom acinzentado, ele rapidamente se dispôs a relatar sua profissão.
No dicionário, alfaiate é o profissional especializado que exerce o ofício da Alfaiataria, uma arte que consiste na criação de roupas masculinas (terno, costume, calça, colete, etc.) de forma artesanal e sob medida, exclusivamente de acordo com as medidas e preferências de cada pessoa, sem o uso padronizado de numeração preexistente.
Além de Erico, quem nos auxilia a costurar esta reportagem é Renato Ruschel. Ambos, perpetuam em União da Vitória e Porto União o delicado e habilidoso trabalho de esculpir em tecido, as múltiplas formas humanas. Erico e Renato são os únicos alfaiates em atividade. Uma profissão que teve seu auge na primeira metade do século passado ,e, hoje resiste discreta em meio ao cenário evolutivo do século XXI.

No auge....
Para conversar com Erico e Renato não é preciso fechar os olhos para recuar no tempo. Aliás, é preciso ficar de olhos bem abertos para observar o brilho no olhar dos alfaiates que, mesmo aposentados, continuam na labuta, vestindo com elegância os apreciadores de um traje refinado.
Filho de uma dona de casa e um comerciante, Erico após a morte do pai foi aprender um oficio. “Isso foi em 1953. Naquela época a gente não tinha muita opção de emprego. Aí comecei como aprendiz na alfaiataria Adonis”. A época era próspero na profissão. Homens e mulheres da sociedade embalavam suas tardes no Clube Concórdia ou Clube Apolo. O traje para os homens obrigatoriamente era o terno. “Era assim também para ir a igreja, cinema e até para se trabalhar em banco”.

A extinção
Casado e pai de dois filhos que não seguiram a profissão do pai, Erico mantém seu ateliê com fregueses fixos. “Sempre tem aqueles que preferem um bom terno sob medida. Tenho clientes de senhores a jovens”.
Com a mesma maestria que rege as agulhas e a máquina de costura ele explica a diferença entre um terno sob medida e um comprado a pronta entrega. “Os ternos feitos a mão, são forrados com entretela e crina. São de lã e tem bolsos internos. O a pronta entrega é de um tecido mais fino e praticamente todos os seus detalhes são feitos na máquina”.
Perguntado se acredita que futuramente sua profissão era desaparecer ele é rápido em responder. “O alfaiate tende a ser um oficio extinto devido a evolução. Na verdade é um ciclo evolutivo natural”.

Na memória de Renato Ruschel....
O ateliê de Renato fica no centro de Porto União em uma rua menos movimentada que a Manoel Ribas. Foi ele que nos auxiliou na garimpagem dos nomes dos alfaiates estabelecidos nas Gêmeas do Iguaçu. Até que achasse que nenhum foi deixado de lado, foram mais de quatro ligações. Quando o telefone tocava: “Ana, me lembrei de mais um. Não podemos deixar ninguém de lado”.

Dupla realização
Assim como Erico, Renato também foi aprender o oficio após a morte do pai. “Aos 14 anos minha mãe me levou para ser aprendiz na alfaiataria Mailim, do lado do laboratório do Willinho Jung. No começo eu não gostava muito, mas depois fui pegando o gosto. Para aprender a se fazer um paletó se leva quatro anos, por isso, fiz meu primeiro paletó aos 18 anos”.
Lá se vão 61 anos de profissão e desde 1960, Renato tem um ateliê próprio. Ele define seu oficio como uma das profissões mais difíceis. “Tem um grande estilista que afirma que o corpo humano é semelhante as folhas. Ela são diferentes umas das outras. Assim é com o nosso corpo. Nenhum é igual”.
Enquanto puxa na memória os nomes dos alfaiates que fizeram nome em nossas cidades, ele mostra um livro escrito pela professora Therezinha Leony Wollf onde está eternizado o tradicional encontro dos alfaiates no dia que no dia 6 de setembro, Dia do Alfaiate. “A maioria deles já faleceu. Os que estão vivos deixaram de trabalhar”.
Parar de trabalhar é o que Renato não pensa em fazer. Apesar de também crer que o oficio está em extinção devido a modernização, ele afirma que encontro estiver vivo vai continuar a alinhavar muitos trajes. “Como alfaiate eu me realizei pessoal e profissionalmente. Enquanto eu estiver aqui vou continuar”.


Texto da jornalista e amiga Ana Carol, para o Jornal O Comérico - edição 26.06.2010
Adorei o texto, na verdade os textos da Ana são adoráveis mesmo, jornalismo literario sempre...adooro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O perigo em duas rodas



Cidades gêmeas. Assim, União da Vitória e Porto União são conhecidas. Gêmeas por dividem afazeres, obrigações. Mas que somam potência, organização, novidades, estratégias, população, carros, motos e tantas outras coisas. Juntas, segundo a contagem do censo 2007 possuem 83.299 habitantes,
Até de fevereiro de 2009, os municípios possuem juntos 7.293 motos, motonetas e similares. E com isso, dia a dia, vários acidentes envolvendo motos e similares acontecem, vitimando cada vez mais pessoas e muitas vezes com seqüelas irreversíveis.
Segundo o balanço da Policia Militar de União da Vitória, entre janeiro e fevereiro, foram contabilizados 35 acidentes, 19 envolvendo motos. Já em Porto União, entre o mesmo período, foram contabilizados 31 acidentes de trânsito, destes, 17 envolvendo motos. Ainda, a policia destaca que vários acidentes não são notificados. Com isso, o numero pode ser ainda maior.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) no final do ano passado, aponta que as mortes decorrentes de acidentes envolvendo motociclistas no Brasil, cresceram assustadoramente entre 1990 e 2006, apontando um crescimento de 2.252%, ou seja, em 1990 aconteceram 299 mortes decorrentes de acidentes já em 2006 esse número saltou para 6.734, ainda, sem falar em números até 2009.

Os excessos
Ao falar em acidentes, é importante lembrar e destacar a imprudência. Principal responsável pelos acidentes e principalmente os que envolvem motos. A pressa, o excesso de velocidade, as ultrapassagens perigosas e o abuso da confiança são os motivos do aumento de ocorrências e chamadas que envolvem os motociclistas de nossas cidades.
O baixo custo em relação aos automóveis, o fácil acesso e a locomotividade garantida são alguns dos atributos das motos. Quem compra esses veículos opta principalmente pela economia. As motos são na maioria econômicas, passam em qualquer espaço, são mais rápidas e ágeis, porém, apresentam um risco bem maior. Principalmente pela alta exposição do corpo de seu condutor.
Qualquer pequeno acidente envolvendo moto pode ter conseqüências graves. Geralmente, escoriações em membros como pernas e braços são os mais comuns. É fácil encontrar motociclistas com cicatrizes e marcas decorrentes desses acidentes.

Novas regras do Contran em 2009
A resolução 285 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, muda a formação dos futuros motociclistas. Até a nova lei, os alunos treinavam em pistas internas nos Centro de Formação dos Condutores (CFCs) ou auto escolas. Com a nova lei, os alunos terão práticas de direção nas ruas, convivendo assim com a rotina diário do trânsito.
A mudança implica ainda, no aumento do curso prático, antes de 15 horas/aula para 20horas/aula. Já o curso teórico passa a ter 45horas/aula, antes com 30 horas/aula.
As mudanças ainda não chegaram em União da Vitória, mas mesmo assim, todos os Centros de Formação de Condutores já se encontram adaptados a nova Lei.
Segundo Artibano Nhoatto, proprietário de um CFcs, as exigências do Contran já foram todas atendidas, agora só falta a liberação do Departamento Estadual de Transito, (Detran PR), para que a Lei passe a vigorar. “Já estamos todos preparados, apenas aguardando a liberação do Detran”.
Em cidades como Curitiba, Londrina, a Lei já esta presente e em vigor.


Os Motoboys
Há três anos trabalhando como motoboy, Alexandro da Silva Lima, diz que optou por essa profissão, por ser algo mais livre, sem depender muito de patrão. Ele sabe dos riscos que corre dia a dia, mas destaca que sempre é responsável. “Ando de moto, desde meus 18 anos e até agora nada aconteceu”.
Alexandro e outros 12 motoboys trabalham em uma empresa de tele entrega em União da Vitória, que atende várias empresas ou apenas quem liga e solicita uma entrega.
Para ele, quando o produto da entrega é medicamento, a coisa muda um pouco. “A gente sabe que quem está precisando de remédio é quase urgente, então tenta apurar um pouco”. O mesmo acontece com comidas, para tentar chegar até o destino ainda quente. No bate papo com a reportagem, outros motoboys que estavam juntos, até contaram histórias engraçadas.
Uma delas, é que um deles ao entregar no endereço uma pizza ela já estava quase fria. O cliente quase bateu no profissional reclamando do estado do alimento, mas eles defendem que isso não é culpa deles, pois a entrega é feita o mais rápido possível e seguindo as leis de transito.
Ainda, eles destacam sobre a diferenças das pessoas que usam a moto para trabalhar e as que usam para o lazer. Segundo eles, é comum ver motoqueiros realizando manobras arriscadas e perigosas. O que Lima e seus colegas cobram, é mais respeito para com quem usa a moto para trabalhar e sustentar a família.

Os motoristas
“Eles necessitam respeitar mais os carros”, comenta Ruy Jabobs, motorista há 57 anos. Para ele e alguns colegas das rodas de conversa a velocidade é ainda o grande problema. Principalmente pela moto ser algo imprevisível. “De repente você chega a uma esquina, não tem nada vindo, e quando vê de novo, surge uma moto”.
A preocupação de Jacobs, é ainda sobre a vida de cada motociclista, porque eles ficam muito suscetíveis aos riscos.
Já para Luiz Alberto Rocha, existem duas classes que definem quem utiliza a moto, os motoqueiros e os motociclistas.
“Os motociclistas são via de regras, pessoas de bem, que respeitam e ajudam os outros nas estradas ou nas cidades. Já os motoqueiros são bagunceiros que querem levar vantagem sempre, acabam se dando mal e ainda colocam a sua vida e de outros em risco”.
Ele acredita ainda, que se todos usarem o bom senso, tem espaço sem distinção nas rodovias e ruas.
Jaque Castaldon
matéria publica no Jornal O Comércio - União da Vitória